Em Curitiba desde o ano 2.000, a Associação de Capoeira Angola Dobrada (ACAD Curitiba) vai louvar em 2020 os 20 anos de resistência e persistência na cidade.
São 20 anos levando a prática da capoeira angola para diferentes espaços e regiões da cidade, mantendo vivos os elementos que caracterizam esta manifestação da cultura afro-brasileira.
A imagem de fundo é o registro visual mais antigo conhecido da cidade de Curitiba. Creditada a Jean Baptiste Debret a imagem mostra a cidade vista do Alto São Francisco, próximo do que viria a ser a Praça Garibaldi. Local que na época oferecia uma vista privilegiada da cidade, com a Serra do Mar ao fundo. Em primeiro plano, vemos a construção da Igreja de São Francisco de Paula, que nunca chegou a ser concluída e estaria hoje onde restam as Ruínas de São Francisco. A única pessoa presente na imagem é o operário, negro escravizado, que trabalha na construção.
Quando pensamos na construção historiográfica a respeito do Paraná é inevitável nos deparar com a questão da omissão do papel do negro em nossa História. Entendemos que esta recusa historiográfica em trabalhar com o papel da escravidão no Paraná abre espaço para trabalhar a construção identitária do Sul do Brasil com os estrangeiros, identidade esta desenvolvida a partir de um discurso de branqueamento, o qual exalta o papel dos imigrantes europeus em detrimento dos negros.
A resistência da ACAD Curitiba nesses 20 anos reflete uma luta pela valorização das tradições populares e da herança africana em nossa identidade cultural.
De 25 a 27 de setembro de 2020. Em breve mais informações .
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
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Parabéns amigos, temática importante e fundamental no processo de união do povo brasileiro.... Antiga profecia de Bambushê, sacerdote Palmarino, muitas são as estradas para um único destino... Asé e até lá
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